Enquanto a palavra falada é "solta no ar", o que pode nos levar a pensar que seja mais difícil encontrar provas do que foi falado, nos levando a uma impressão de que seja menos culpável, o que está escrito pode ser prova cabal de vontades, pensamentos e ações.
Neste contexto, quanto mais o tempo passa e as tecnologias avançam, percebemos que a "internet" é terreno bastante vigiado, especialmente em países do hemisfério Norte.
Vejam que o "Twitter", aquele site em que os artistas e anônimos expõe vontades, atitudes, ideologias, não é ferramenta tão inofensiva assim. Tanto que, um jovem chamado Paul Chambers resolveu partilhar a frustração em que vivia no Twitter dizendo que iria explodir o Aeroporto de Doncaster dentro de uma semana.
Resultado disso? O jovem foi preso!
Isso mesmo! Foi submetido a 07 horas de longos depoimentos perante a polícia e foi libertado, porém, está impedido para sempre de utilizar aquele Aeroporto.
O caso aconteceu no Reino Unido, aliás, foi o primeira restrição de direitos devido à postagens no Twitter. Isso, porque uma declaração de que alguém explodiria um Aeroporto é considerado crime naquele país. Além da prisão por 01 hora na cela e 07 horas de depoimento, o jovem Paul teve seu escritório confiscado e investigado (desde o seu iPhone até ao computador pessoal).
Comparando o Reino Unido com o Brasil, certamente, existem grandes diferenças, inclusive na legislação, porém, talvez este seja um sinal de que devemos nos preocupar sim com a exposição de vontades, ideologias e ações expostas em qualquer site.
A liberdade de expressão, o direito à privacidade e o dever de não incentivar ações ou pensamentos que confrontam com a moral, "os bons costumes" da sociedade, na era digital, estão "num fio" bambo tentando se equilibrar na rede mundial de computadores.
(Reportagem Disponível em http://www.infortech.eu/2010/01/piada-no-twitter-leva-utilizador-a-prisao/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+newsletter-infortech-eu+%28Newsletter+Infortech.eu%29&utm_content=Yahoo%21+Mail, acesso em 20 de janeiro de 2010, e comentado por Natália Batista).
Natália Batista
(Pós-Graduanda em Direito Digital e
das Telecomunicações - Mackenzie).
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